segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eu não me esqueço de ninguém.

Chego à casa da minha avó - que está ficando linda com a reforma que minha tia freira está bancando - e a primeira coisa que ouço da minha mãe é: "esqueceu de mim?"

- Ihhh mãe ó! Pára com isso, não me esqueço de você...

É a falta de tempo de ligar e ver todo dia, ir lá todo fim de semana. Não dá mesmo. É por isso que, quando vou, adoro demorar, morrer de rir junto com a minha mãe de alguma bizarrice da TV, ouvir pacientemente as histórias da vida que minha avó não se cansa de repetir, ver fotos antigas e compartilhar com minha irmã aquele sentimento de família, de valorização do que temos. Nesse fim de semana minha avó me mostrou até o diploma dela de normalista! Achei lindo aquele grande papel amarelado, com letras antigas, suas notas e conceitos em cada disciplina. Puericultura e desenho foram suas melhores notas, distinção!

Fui também ver meu afilhado e entregar a ele seu presente de natal (pode??). E aí, alegria demais em passar um tempinho na casa que tanto frequentei, com aqueles que foram e ainda são uma segunda família...independente do que eu fui ou sou agora para eles (coisas bem diferentes), vi que eu ainda sou amada e respeitada em minhas escolhas. Que bom!

Depois, casa da amiga da minha irmã, para tomarmos banho e irmos ao aniversário da Daiane, menina linda, simples, amorosíssima, que eu não podia deixar de prestigiar. Encontro tranquilo no restaurante, conversas amenas, piadas boas e ruins. As ruins, fui eu quem contei..nem são tão ruins, mas a contadora é péssima para isso, o que tornava a situação ainda mais engraçada. Muito bom ver minha irmã se divertindo comigo, a Pri bêbada explicando diplergia, o Amilton deitado na mesa com dor de garganta, mas sorrindo e o resto num momento de felicidade ímpar.

Eu olhava sempre para o celular, para ver se chegava alguma resposta à minha mensagem...nada. Ele deve estar chateadíssimo, vai achar que programei tudo e o excluí. Mas talvez não, já conversamos sobre isso antes, ele disse que entendia minha vontade de, às vezes, querer fazer minhas coisas sem ele...tudo bem, esperemos. Dito e feito: sem conversas agora, talvez passe a raiva...você programou tudo e me excluiu. Tudo bem, esperemos.

E, finalmente, na hora de ir embora do restaurante a última coisa que escuto é: "não se esqueça de mim hem?" rs...porque não me acostumo com isso? "Não, querida, eu não me esqueço, é a correia mesmo".

Eu não me esqueço de ninguém! Só não consigo demonstrar sempre que me lembro, mas estou sempre lembrando...pode ter certeza que enegias positivas são enviadas.

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